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O que é e como tratar a narcolepsia?

Muitas pessoas não entendem porque sentem uma sonolência excessiva durante o dia, mesmo após uma noite de sono reparador e tranquilo. Não é incomum para estas pessoas terem verdadeiros ataques de sono e, a qualquer momento, dormirem até mesmo em situações inusitadas, como em pé, na condução. Muito provavelmente, estas pessoas sofrem de narcolepsia.

A narcolepsia é um distúrbio do sono muito comum, cuja principal característica é a sonolência excessiva durante o dia. Ela pode se tornar um problema muito sério, pois é comum trazer dificuldades e constrangimentos na vida social, profissional e acadêmica. Além disso, a pessoa acometida pode ter um ataque de sono justamente quando está dirigindo, por exemplo. A consequência pode ser fatal, portanto é preciso entender e tratar a narcolepsia.

O que é narcolepsia?

A narcolepsia é um distúrbio do sono causado pela alteração no equilíbrio de algumas substâncias químicas no cérebro, caracterizada por uma sonolência excessiva que pode se manifestar ao longo do dia, mesmo após uma ótima noite de sono.

Um sono considerado normal se inicia no desligamento do controle muscular, quando entramos em uma fase de sono de ondas lentas. Em torno de 90 minutos depois, entramos na fase do sono REM, quando a atividade do cérebro é intensa. Pessoas acometidas pela narcolepsia pulam a etapas do sono de ondas lentas, passando direto para o sono REM.

Todas as pessoas acometidas pela narcolepsia sofrem de sonolência excessiva diurna, o que muda é a quantidade de episódios sofridos. Mais comum no fim da adolescência e após os 50 anos, a narcolepsia pode estar ligada a fatores genéticos e a baixa produção de hipocretina, a substância que nos mantém acordados durante o dia.

Quais são os sintomas da narcolepsia?

É importante observar os sintomas da narcolepsia, mesmo porque é a partir da consciência destes sintomas que a pessoa acometida terá a atitude de procurar um médico do sono para diagnóstico e tratamento.

O principal sintoma, claro, é a sonolência excessiva. O acometido pode até sonhar em períodos breves de sono, pode ter múltiplos cochilos durante o dia e a sonolência pode se manifestar como uma incapacidade de se manter alerta ou atento.

A cataplexia é um sintoma que não está presente em todos os pacientes. É composta por episódios súbitos e recorrentes de fraqueza muscular esquelética durante a vigília, com exceção do músculo do diafragma. A cataplexia pode durar de

poucos segundos até dez minutos e geralmente é desencadeada por forte emoção, susto, ataques de riso ou raiva.

Aqueles que sofrem deste distúrbio do sono também podem apresentar Incapacidade total de mover os membros, a cabeça ou falar, ao despertar, e alucinações hipnagógicas ou hipnopômpicas na transição entre a vigília e o sono e vice-versa. O sono noturno pode ser fragmentado. E, finalmente, a pessoa pode sofrer de síndrome das pernas inquietas, um outro distúrbio do sono muito comum.

Diagnóstico e tratamento da narcolepsia

O médico do sono fará avaliação clínica e poderá se valer de um diário do sono e de uma polissonografia para diagnosticar este distúrbio do sono. O tratamento é comportamental e farmacológico. A família e o paciente receberão orientações específicas, cochilos devem ser programados, é preciso fazer uma higiene do sono e o paciente poderá lançar mão de um suporte psicológico.

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